domingo, 1 de novembro de 2009

Evangelista Marcos

De discípulo a evangelista

Neste ano estaremos vivenciando o Evangelho de Marcos e este por sua vez nos é anunciado Jesus Cristo – Supremo Senhor das nossas vidas. Marcos era filho de Maria de Jerusalém e primo de Barnabé. Os Atos dos Apóstolos falam da “casa de Maria, mãe de João, de sobrenome Marcos”; e dizem que, ao ser libertado da prisão por um anjo, alta noite, Pedro dirigiu-se a essa casa, “onde numerosos fiéis estavam reunidos a orar” (At 12,12). Nos livros do Novo Testamento, Marcos é lembrado dez vezes com o nome hebraico de João, com o nome romano de Marcos ou com o duplo nome de João Marcos. O primeiro evangelho a ser escrito foi o de Marcos. Este, antes de ter sido escrito, foi vivido, narrado e ensinado numa comunidade de fé: a comunidade de Marcos.

Marcos é o mais breve dos quatro Evangelhos: apenas 16 capítulos, face aos 21 de João, 24 de Lucas e 28 de Mateus. E é o mais simples, direto e colorido, valorizando pormenores em apoio de uma fé sensível ao extraordinário. No ano de 66 São Paulo nos dá a última informação de Marcos, escrevendo na prisão romana a Timóteo: “Traga Marcos com você. Posso necessitar de seus serviços.”

Desta maneira Marcos é o evangelista que inaugura o gênero literário denominado “evangelho” ou “boa-nova” (cf. Mc 1,1). O evangelho não é uma simples biografia da vida de Jesus, mas uma narrativa mostrando os gestos e as palavras do Senhor. Os discípulos, para Marcos, são apóstolos missionários, que crêem em Jesus e reconhecem nele a presença de Deus no meio da humanidade (cf. Mc 15,39 – “na verdade, este home era Filho de Deus” – exclamação do centurião no momento da morte de Jesus). O Evangelho de Marcos conclui com a missão: “Então os discípulos foram anunciar a Boa Nova por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra pelos sinais que a acompanhavam” (Mc 15,20).

Na época, acontecia a Guerra Judaica (66-70 d.C.). Vários grupos se aliaram para expulsar os romanos e tomar o governo. A comunidade de Marcos não entrou na guerra. Acreditava que não bastava mudar de governo, era preciso mudar as estruturas injustas. Para a comunidade, a guerra era sinal de que o fim das estruturas injustas estava próximo e que Jesus voltaria logo para governar o mundo. Muitos se acomodaram na espera do retorno glorioso de Jesus e esqueceram o sofrimento dos irmãos que estavam ao lado. Por isso, Marcos faz questão de relembrar que o Jesus glorioso, esperado pela comunidade, também fora perseguido e crucificado, assim Marcos mostra para a comunidade Quem é Jesus.

Peçamos ao Deus da vida que nos ajude neste Tempo Litúrgico a vivenciarmos verdadeiramente o dom de conhecer Jesus perto a perto. Assim, iremos fazer a experiência de discípulos-missionários que se comprometem com a Justiça do Reino de Deus.

Seminarista Diego Garcia Monteoliva

Diocese de Bragança Paulista

Seminário Imaculada Conceição

Missão – Gratuidade do Serviço.

Como diz o Cântico: “Doa, a tua vida. Como Maria aos pés da cruz. E serás, servo de cada homem. Servo por amor, sacerdote da humanidade”. Fazer-se um em meio aos irmãos. Esta proposta de ser sinal de Deus é nos colocada em questão. A missão daquele que anuncia é verdadeiramente a doação, é se entregar a disposição do Evangelho anunciado é servir por amor como nos recorda a letra da canção. Em janeiro deste ano corrente pude experimentar no concreto a virtude do amor da qual somos impelidos a todo instante. Em terras Baianas pude fazer com que o gesto concreto de Jesus fosse colocado em prática. Bahia, terra de discípulos-missionários, povo cheio do ardor de testemunhar Cristo na prática da perseverança.

“Mas a voz que te chama te mostrará um outro mar. E sobre muito corações a tua rede lançaras” esta foi a rede que se foi lançada; rede de amigos que partilham o mesmo Pão, o Pão do céu, alimento salutar na caminhada de todos aqueles que amam a Jesus e ao próximo. Quero me recordar de pessoas que fazem parte desta caminhada missionário. O meu querido povo de Covas; povo este de fé baseada na partilha e no sorriso verdadeiro da gratuidade. No povoado de Covas pessoas solidárias se fazem presente; um povo que ama a Deus e a Igreja a qual Jesus nos confiou. Nas visitas missionárias que por lá passei, aprendi a exercer o dom da escuta e ganhei a força de não desistir perante aos desafios do Mundo atual. Me recordo do segundo povoado que passei em tempo de Missão na Bahia, o povoado de Mangabeira e me recordo das pessoas que me acolheram e que se fizeram parte na minha caminhada de discernimento vocacional rumo ao Santo Sacerdócio. Quero me recordar de uma celebração que presidi em uma Capela deste setor; celebrei em uma pequena capela repleta de fiéis que para a minha vida deixou uma marca essencial – ter fé é uma atitude de doação e de compromisso em todas as circunstâncias da vida, nesta capela que lá celebrei não possuía luz elétrica e sim um pequeno lampião a gás, mas que não impossibilitou a Graça de Deus habitar naqueles corações. Me recordo do último povoado que lá passei, o povoado de Piaus, este por sua vez possui um grande açude que faz com que a vida seja um pouco melhor, o ganho de vida é a pescaria, meio de sobrevivência para aqueles moradores, este povoado possui um povo repleto do anuncio e da virtude de Amar, quando estava com eles aprendi com aquele querido povo a ser mais dócil para com a ação do Espírito Santo. O povoado de Piaus, possui uma juventude animada, um povo que não tem pressa de sair da Igreja, mas um povo que quanto mais aprende mais testemunha que Jesus é o Senhor da nossa vida. Quero através deste artigo agradecer de forma especial a todos da cidade de Itiúba de forma especial para com aquelas famílias que me acolheram, também quero me recordar das pessoas que me acolheram na casa paroquial a querida e estimada Maristela seu esposo e sua filha e também toda a sua família. Quero agradecer a todos os jovens de diversos povoados que fizeram o retiro de Jovens. E quero agradecer a Deus por todo o povo Baiano que hoje por sua vez se faz como minha família. Desta maneira a Missão se faz na Gratuidade do Serviço e assim encerro com o cântico: “Então no rosto sofrido, felicidade haverá... haverá comunhão de todos no mesmo Espírito e a paz acontecerá.” Amizades sinceras e verdadeiras são guardadas para sempre dentro do coração...

Seminarista Diego Garcia Monteoliva

Diocese de Bragança Paulista

Seminário Imaculada Conceição


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