terça-feira, 10 de novembro de 2009

Maria, Sinal de Esperança.
Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da América Latina.

Em Maria encontramos o olhar de ternura e esperança, que nos encaminha ao lado do Coração de seu Filho Jesus Cristo. Maria vem ao encontro do homem de hoje, que sofre em suas múltiplas aflições; acolhe-o e lhe oferece um abrigo em seu Imaculado Coração. A Mãe de Deus promete atender, de modo especial e eficaz, as súplicas que lhe dirigimos. Entre todas as devoções Marianas, encontramos o querido título de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira em especial do México e, por conseguinte de toda América Latina. Somos um continente consagrado à proteção materna da Virgem Maria.
Conforme a lenda e tradição, no dia 9 de dezembro de 1531, pelas seis horas da manhã, quando o índio Juan Diego se dirigia de sua aldeia para a de Tolpetlac para assistir uma função religiosa na missão franciscana de Tratetolco, ao chegar ao monte Tepeyac, às margens do lago Texcoco, viu uma jovem de uns 15 anos, que lhe ordenou ir falar com o Bispo a fim de pedir-lhe que construísse um templo no vale próximo.
No mesmo dia a tarde, Juan Diego vê novamente a jovem, lhe relata a incredulidade do bispo e pede que escolha outro mensageiro. Porém a jovem insiste em sua missão de ir ter novamente com o bispo e pedir a construção do templo. No dia seguinte, 3 horas da tarde, Juan Diego fala novamente com o bispo, que ainda não acredita e pede algum sinal. Pela terceira vez a jovem lhe "aparece" e ordena a Juan Diego que volte ao monte no dia seguinte para receber o sinal pedido pelo bispo.
Entretanto, no dia seguinte, Juan Diego, não vai ao monte devido a doença de seu tio Juan Bernardino. Na madrugada do dia 12 de dezembro, devido a gravidade da doença de seu tio, Juan Diego sai de sua aldeia para buscar um sacerdote, e rodeia o monte para não encontrar a virgem. Porém, mesmo assim ela lhe "aparece", fala que seu tio ficará curado, e pede que vá ao monte buscar rosas que seria o sinal. Ao seu regresso, a virgem diz: Estas diferentes flores são a prova, o sinal que levarás ao bispo. Diga-lhe que veja nelas meu desejo, e com isso, execute minha vontade.
Ao mesmo tempo em que Juan Diego encontra a jovem, ela "aparece" também a seu tio doente, cura instantaneamente suas enfermidades e manifesta seu nome: "Sempre Virgem Santa Maria de Guadalupe".
No dia 12 de dezembro, após a quarta "aparição", Juan Diego leva em seu poncho, como prova, rosas frescas de Toledo (e isto em pleno inverno mexicano). Já na casa do bispo, por volta do meio dia, na hora que abriu o poncho onde estavam embrulhadas as flores, estava a imagem: "A Virgem de Guadalupe". A mesma que hoje se venera na Basílica de Guadalupe.
O Cientista Aste Tonsman, cuja profissão era captar as imagens da Terra transmitidas do espaço pelos satélites artificiais, digitalizou, no ano de 1980, a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, e os resultados foram surpreendentes.
Os pormenores que se observaram na Íris da Imagem são: Um índio perante um Franciscano; o próprio Franciscano, em cujo rosto se vê escorrer uma lágrima; uma pessoa muito jovem, tendo a mão sobre a barba com ar de consternação; um índio com o torso desnudo, em atitude quase orante; uma Mulher de cabelo crespo, provavelmente uma Negra, serviçal do Bispo; um varão, uma mulher e umas crianças com a cabeça meio raspadas; e mais outros religiosos vestidos com hábito Franciscano.
Foram feitos também estudos Iconográficos para comparar estas figuras com os retratos conhecidos do Arcebispo Zumárra e de pessoas do seu tempo ou do lugar. O que é radicalmente impossível, é que num espaço tão pequeno como a córnea de um olho, situada numa imagem de tamanho aproximado ao natural, um miniaturista tenha podido pintar aquilo que foi necessário ampliar duas mil vezes para que pudesse ser percebido.
Como outrora, no Cenáculo, Maria suplicou a vinda do Espírito Santo que encheu os Apóstolos de zelo e amor para difundirem o reino de Cristo; assim, de maneira singular, ela promete fazer frutificar o apostolado de todos os que a ela se entregam, como instrumentos aptos em suas mãos.
Faço me recordar das palavras de Pe. José Kentenich: “Maria é ponto de interseção entre este mundo e o outro, entre o mundo natural e o sobrenatural, e, ao mesmo tempo, é a porta de entrada para a verdade do mundo da criação como também a verdade do mundo da revelação, ou seja, Maria é o ponto de equilíbrio do mundo. Que a Virgem de Guadalupe com sua materna proteção possa derramar copiosas graças através de seu Filho Jesus Cristo.

Seminarista Diego Garcia Monteoliva
Diocese de Bragança Paulista
Seminário Imaculada Conceição

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